A Batalha do Apocalipse é um livro escrito por Eduardo Spohr, publicado em 2007 e conta sobre a história de Ablon e seu passado durante os acontecimentos do Apocalipse.

Ablon era um dos maiores guerreiros e era general dos querubins que moravam no céu. Ao se desentender com Miguel e ser traído por Lúcifer, sua trupe é expulsa do plano celestial e eles se veem obrigados à viverem no plano terrestre, cercado pelos humanos e suas ações corruptíveis. Durante sua passagem na terra, o anjo renegado acaba por conhecer Shamira, uma feiticeira muito poderosa por quem ele nutre sentimentos e juntos eles aprendem muito um com o outro. E então temos o Apocalipse.

Dividido em duas partes, o presente e passado do renegado, o presente se passa no Rio de Janeiro, no século XXI, e as trombetas do Apocalipse começaram a tocar. Miguel irá vir para o plano terrestre para o acerto de contas final e decidir o que ele pretende para o futuro de todos os seres (não só os humanos).

A outra parte é o passado de Ablon, que fala sobre as maiores eras e suas aventuras nela. Temos a Torre de Babel, Roma e Grécia Antiga, a Antiguidade na China, a Europa Medieval, todas cheias de aventura e partes do quebra-cabeça que o herói tem que juntar antes do fim do mundo.

Um dos elementos de maior destaque em toda a obra, é sem dúvida a mitologia que envolve os guerreiros celestes. Eles são divididos em castas, poderes, características, lados escolhidos durante uma guerra ou outra, e enorme envolvimento com todos os acontecimentos bíblicos que assolaram a terra. Não é uma ficção religiosa e muito menos prega uma religião, mas liga narrativas conhecidas pela cultura geral e lhes dá um contexto muito bem feito na história do anjo renegado.

Outro dos pontos positivos, na minha opinião, são as narrativas de batalha, que lembram muito os animes que vimos quando criança (ou vemos até hoje). Contém técnicas secretas, análises dos movimentos inimigos, armas especiais, explosões que destroem paisagens inteiras e muitas reviravoltas e histórias por trás de histórias.

Enfim, é um livro bastante ficcional e fantástico, a escrita é boa e simples de ser entendida. Os personagens são bem construídos e não tem uma faceta única, como bem ou mal apenas. Contém alguns clichês, mas que não estragam a experiência da leitura, e é no geral uma experiência muito boa e que vale muito à pena dar uma conferida, antes que o mundo acabe.

PS: A edição de colecionador da Verus é um verdadeiro xodó pela quantidade de extras que contêm para se analisar após a leitura. Capítulos excluídos, artes incríveis, informações especiais sobre as castas e um glossário que vale a pena adquirir, caso você deseje ter o livro em sua estante.

PS2: O autor é brasileiro e frequentemente é visto em eventos literários autografando os livros dos fãs.